sexta-feira, 4 de março de 2011

De Lenin a Churchill - Tallinn, Estônia (15º dia)


Igreja de São Nicolau (Oleviste Kirik)
   Último dia em Tallinn. De manhã, fiquei conversando com uma garota da Polônia. Muito bonitinha e simpática. Ela estava com um grupo de várias nacionalidades. Um deles era mexicano. Por coincidência, eu estava usando, pela primeira vez, uma camisa com o Seu Madruga na estampa. Ele reconheceu. "Don Ramon !!!", disse ele sorrindo. Ele tentou explicar quem era pro grupo dele. É praticamente um ícone sul-americano. Mais ninguém entende fora daqui.
   Tomei meu café, vi uns e-mails e fui andar. Tirei pra conhecer melhor alguns lugares na cidade velha. Estava cansado. Queria um programa mais ameno.
   Passei de novo pela praça principal. Era o caminho mais curto para o Centro. 

Depeche Mode Baar:
"Enjoy the silence"
   Dei uma parada na loja de informações. Ela fica próxima a praça principal no caminho para a praça da Liberdade. Estava fechada no dia anterior. Os mapas me fizeram falta, mas apesar de só ter um dia, peguei alguns. Não quero perder algo por não saber que existe...
Praça da Liberdade (Coluna da Vitória)
   Dei uma passada na praça próxima, a Praça da Liberdade (Freedom Square). Lá tem uma grande cruz em homenagem a independência do país, tão desejada, após 3 invasões só no século XX.
   Deve ser outro lugar muito bonito com as árvores com suas folhas e algumas flores. Cheguei algumas semanas antes delas nascerem...
   Resolvi voltar ao Lido. Este era o último país barato da rota e iria passar a fazer o esquema comer um dia bem e no outro mal (sanduíches e lanches em geral). Então, comi até cansar... :-)
Dentro da muralha medieval
   Na volta, logo na entrada da cidade, parei para subir na torre da antiga muralha medieval que cercava a Cidade Velha. Pra se ter uma idéia, a primeira construção destes muros são do século XI e eram de madeira. Foram reconstruídas de pedra e lá estão até hoje. As que sobraram depois da Segunda Guerra Mundial estão lá para visitarmos. 
Muralha medieval: caminho dos soldados
Tem que se pagar. Tinham duas mulheres cuidando do caixa. Mas pra ser sincero, quase passei direto delas. Tiveram que me chamar. Quase dei calote... hahaha
Subi as escadas. Eu estava lá sozinho. É inacreditável um lugar desses não ter um monte de turistas o tempo todo. O lugar é realmente bem interessante. 
Muralha medieval: vista moderna
A parte que se pode caminhar entre as torres não é muito longo, mas faz imaginar os soldados medievais, com suas armaduras, observando a cidade, contra os invasores. 
Tudo como antes. Opa, quase tudo. Das janelas, não se vê mais os verdes campos de outrora :-) , mas os muros e prédios da atual Tallinn.
Muralhas da cidade,
vista da igreja de São Nicolau
   Pensei em parar no Museu da Ocupação, a entrada era perto do parque em Toompea, sabia que estava aberto e que só fechava as segundas, mas já tinha visto um em Riga.  Melhor curtir a parte medieval, ficar um pouco no século XIII.
   Gosto quando quebrando alguma esquina por acaso, encontro um lugar legal. 
Passagem de Catarina (Katariina Käik)
Assim, acabei entrando na passagem de Catarina (Katariina Käik). É um caminho do século XVI. Tinham umas pedras de antigas tumbas no meio do caminho. Parece que o lugar foi uma igreja um dia. Tinham alguns restaurantes na passagem e alguns turistas escolhendo aonde entrar. O primeiro grupo que encontrava.
   Fui procurando lojas para comprar souvenirs. As ruas estavam praticamente vazias. Somente um casal apareceu pra fazer o mesmo percurso. Falavam em espanhol. 
Nas escadarias da igreja de São Nicolau
   A próxima parada era a igreja de São Nicolau (Oleviste kirik). Esta foi há uns 400 ou 500 anos uma das construções mais altas do mundo. Tinha que pagar para subir. 
A escadaria era extremamente íngreme e cansativa e, lá em cima, o vento era extremamente cortante, mas a vista de lá era linda e recompensava a caminhada.
Stenbock House: Sede do governo
   Depois, vim andando em todas aquelas ruas praticamente vazias, vendo cada prédio, rua por rua, em cada ângulo e sentindo aquela atmosfera tão agradável dos casarões medievais.
Voltei pro albergue.
   Depois de jantar, fiquei, de novo, conversando até tarde com a coreana da noite anterior. Nessa, me apareceu uma portuguesa. Ela escutou um pouco da conversa e me perguntou se eu era brasileiro. 
Vista de algumas torres de Tallinn
Quando eu disse que sim, me mostrou sorrindo o seu chinelo com a bandeira daqui, apesar de nunca ter vindo pro lado de cá do Atlântico. Saudades de falar português ou porque gosta do Brasil? Não sei, mas adoro ver quando os olhos de um mulher brilha como os dela naquele momento. Ela estava com duas amigas inglesas, se me lembro bem.
   Descansar um pouco. O próximo dia em Helsinque vai ser longo.

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