terça-feira, 28 de dezembro de 2010

De Lenin a Churchill - Preparativos - Parte 3

Micos fazem parte... :-)
   Fiquei uns dias sem postar. Tive que viajar no Natal. Mais de 1000 quilometros de carro cansam muito, principalmente depois de ficar mais de uma hora perdido em São Paulo, porque o GPS falhou. Fui parar do outro lado da cidade. Não me orgulho de ter dependido tanto da tecnologia pra viajar, mas sempre se deve ter um plano B guardado. Ontem não tive.
   Bom, hoje sou a prova de que zumbis escrevem.
   Continuando sobre o planejamento, nas minhas duas ultimas viagens, fiz as minhas planilhas de um jeito que pudessem me ajudar nos preparativos, mas que também fossem úteis durante a viagem.

  • A primeira, dividi a viagem pelos transportes. Tinham dados como a rota, duração, data e hora, número do transporte, preço, etc...
  • A segunda, tinham as hospedagens para cada cidade. Com datas, preço, etc...
  • A terceira, com os consulados, afinal de contas, é sempre bom estar preparado.
   Então, pra preencher as minhas planilhas e tornar a viagem real, tinha que escolher passagens e reservar albergues. Na primeira viagem pela America do Sul, reservei tudo. Na segunda, só reservei o tour para o Salar de Uyuni. Resultado, quase não conseguimos um guia para Machu Picchu e pegamos um ônibus bizarro, pq não tinha passagem para o trem. Foram aventuras muito legais, mas decidi que iria pegar leve com a Europa, por ser a primeira vez e não conhecer como as coisas rolam por lá.
   A pior parte da viagem, e a mais cara, é a de ida e volta do Brasil. Ainda mais no meu caso, que iria chegar em uma cidade e voltar por outra. Por sites, a maioria só te dá a opção de ir e voltar do mesmo lugar. Poucos te oferecem a opção de montar um roteiro, mas eles existem.
   Então, comecei procurando por agências de viagem. Na época, a dona da agência também se preparava pra pisar em solo russo, em um cruzeiro. No roteiro dela, iria visitar São Petersburgo. Mas, como iria dormir no navio, não precisava de um visto.
   Falei com essa e outras agências, por telefone ou pela internet; vi o site de mil companhias aéreas, tentando ver a passagem mais barata e, por fim, acabei encontrando um dos poucos sites de que falei, que me davam a opção de escolher um roteiro e que me deu um bom preço de verdade, porém, quando estava crente que a passagem estava na mão, recebi um e-mail que meu cartão não tinha sido aprovado. Lá fui eu tendo que pagar no banco pra poder segurar o preço que não aparecia mais como disponível. O famoso pegar ou largar. Assim comprei a minha passagem Rio-Copenhagen e Londres-Rio. Mas meu destino inicial era Vilnius, capital da Lituânia, tive que comprar outra com uma folga de 7 horas pela AirBaltic. Usar duas empresas diferentes é sempre um risco e esse vôo não fugiu a regra. Mas isso fica pro próximo post. De qualquer forma, paguei além da passagem e das taxas de embarque, uma taxa pra poder levar a minha mala (se tem mala, tem que pagar) e outra pro caso de ter que remarcar a passagem. Ficou no total de 120 euros.
  Sobre o caminho entre a Lituânia e a Rússia, quase peguei um trem, mas teria que pegar outro visto, dessa vez um de trânsito pra Belarus. Não tinha interesse em outro visto, mas pesquisando mais um pouco, descobri que pela empresa Ecolines, ele iria pela Letônia por 51 euros. Menos um problema.
  Procurei também comprar o famoso passe de trem, da Eurail. Se é uma boa? Não decidi muito bem até agora. Foi útil porque podia sair entrando nos trens. Quanto ao preço, no meu caso, não tenho certeza se compensou, foram 603 euros e, pela minha idade, tive que comprar mais caro com direito a primeira classe (se tiver assento vago e em alguns casos, tendo que reservar). E se não ler bem as instruções, pode fazer a felicidade de um bilheteiro espertão.
   As passagens de trem dentro da Rússia, que não é coberta pelo passe, é uma situação a parte. Não são vendidas pela internet. Mas pros que não falam russo e que querem deixar tudo acertado e tem tempo apertado, como eu :-), existem empresas que compram essas passagens. O problema é procurar quem quer lucrar um pouco menos. Eu tinha dois trens: de Moscou a São Petersburgo (56,08 libras) e de lá pra Riga, capital da Letônia (50 dolares). Escolhi uma chamada Real Russia. Só teria que ir pegar as passagens no escritório deles em Moscou. Outro site que tem esse tipo de serviço é o Way to Russia, ambos em inglês.
   Descobri nos sites afora a existência de um navio que liga Helsinque a Estocolmo onde rola uma balada da Viking Line. Chamam essa linha de Love Boat. Como eu tinha o passe de trem, tinha um abatimento e ficou por 99 euros. Bom, já que vou ter que fazer o trajeto mesmo, faço esse sacrifício... haha
   Só faltou comprar os trechos entre Riga e Tallinn, também pela Ecolines, por 12,80 euros, podendo fazer pela Eurolines, que também vai pra Rússia; entre Tallinn e Helsinque, na época mais barato pela Linda Line (16,20 euros); e de Paris e Bristol, pela Easy Jet (63,49 euros).
   Já as estadias, escolhi pelo site Hostel World escolhendo os mais baratos dos melhores avaliados. Deu certo. Vou falando de cada albergue no post de cada cidade.

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